Estratégia
O Marketing da relação e a experiência do cliente
Da experiência individual de cada consumidor, começa a ser unânime que a nossa relação com uma empresa/produto define-se pela forma como nos faz sentir, garantindo a nossa satisfação, e onde o preço e a qualidade já não são os vetores exclusivos para o sucesso.
O Cliente atual,
- procura referencias de consumidores para produtos e serviços, mas não gosta de ser bombardeado com publicidade.
- compara diferentes marcas antes de decidir, mas com interesse pelas tendências.
- está mesmo disposto a pagar mais, por uma melhor experiência. Dados PWC
O Marketing adaptou-se a esta nova realidade.
Em cada processo de compra, cada Cliente vai gerando a sua própria referência sobre produtos, serviços e até mesmo sobre as empresas que os comercializam. Afinal, o que espera o Cliente Atual de uma empresa à qual vai adquirir um produto?
- Que a Empresa cumpra aquilo que promete. Isto tem impacto na cultura organizacional em que o compromisso que assumimos com os Clientes, em que dificilmente serão cumpridos se internamente o compromisso entre as áreas não existir.
- Gostam de ver as suas expectativas superadas, em que a sensação de ter obtido o que pretendiam vem reforçada pelo que se obteve, seja no prazo de entrega, seja na qualidade do produto, do serviço de montagem ou da garantia oferecida. Ir além do combinado.
- Rapidez e eficácia no atendimento ou do processo de compra.
- Gosta de ver as suas reclamações atendidas e resolvidas com celeridade e razoabilidade.
- Que corresponda às expectativas. A Tangibilidade Vs Expectativa do que se oferece é crucial para a experiência do Cliente. Sobrelevar as expectativas, é um mau exemplo de venda e um péssimo sinal de que tudo poderá correr mal, porque a exigência do Cliente irá subir e a possibilidade de ser surpreendido será quase nula. A tendência para existirem reclamações aumenta, perante esta insatisfação provocada.
- Os valores sociais da empresa e o bom atendimento presencial, continuam a ser importantes.
A conjugação destes 6 pontos fazem com que os conceitos de front-office e back-office convirjam e se fundam, quando falamos da relação com os Clientes.
Trabalhar a experiência do Cliente implica também conhecer a sua “caminhada” com a Empresa (Customer Journey) no seu processo de compra, onde os múltiplos pontos de contacto entre o momento em que inicia a procura para satisfazer a sua necessidade e a concretização da compra e utilização do produto, se revelam como oportunidades para trabalhar com o Cliente uma experiência positiva.
As métricas referenciais para quem está a fazer evoluir um programa centrado na Experiencia do Cliente são: o Churn (Clientes perdidos ou contratos cancelados), o Lifetime Value (o lucro da empresa com um determinado cliente, ou grupo de Clientes) ou o NPS (que mede a efetividade dessa relação), e com eles têm-se uma perceção geral de como está a correr esta forma de entender e trabalhar o Cliente.
No entanto, para aquelas Empresas em que ainda há um longo caminho a percorrer na Experiência do Cliente, é desejável que tenham o conceito presente, que o pratiquem e promovam-no junto das equipas tornando-o num objetivo. Os modelos atuais de exercício de um Plano de Marketing, exigem que considere a Experiência do Cliente na sua estrutura, para a definição das ações e para os investimentos em serviços.
Em resumo,
com uma Estratégia centrada nos Clientes (Customer Centric), é possível crescer em número de Clientes novos, reduzir a perda de Clientes existentes e aumentar as receitas, melhorando os resultados. Por estas razões de peso, a melhor Experiência do Cliente está no topo das prioridades das Empresas para os próximos anos, porque, como sabemos, nem todas as empresas estão já neste caminho, e para o negócio, a sua decisão de avançar pode revelar-se uma vantagem competitiva.
Ricardo Hermenegildo
Founder & Client Advisor at Boost 360
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